Por: Pedro Bretzke, Mestre em Ciências Farmacêuticas e Diretor de Operações da Terramater
Argilas existem há milhões de anos, mas parece que sempre temos algo novo para falar sobre elas: pode ser uma mina ou uma propriedade recém descobertas, uma composição ou uma cor bem diferentes. Esses sedimentos de rochas são tão ricos e especiais que, mesmo depois séculos, o homem não inventou um substituto à altura: continuamos usando argila em louças, dentes para implantes, peças elétricas... E no rosto, claro. A Argila tem ações terapêuticas e cosméticas comprovadas — é só ver como sua pele fica mais bonita depois da máscara. E eu queria contar para vocês um pouquinho mais sobre o super ingrediente dos tratamentos que você usa. Acho que você vai se surpreender.
1 – Não é a cor que define o benefício da argila.
2 – Toda argila ajuda a controlar a oleosidade.
Mas você já deve ter ouvido alguém reclamar que a pele piorou depois de um tempo usando argilas, certo? Há uma explicação. Algumas argilas de origem europeias são muito adstringentes e absorvem 400% de oleosidade da pele em relação à quantidade de máscara aplicada: cada grama de argila suga 4 gramas de óleos. Por isso elas danificam até o manto hidrolipídico (camada de oleosidade que protege a pele), o que estimula o efeito rebote — a pele resseca demais e produz ainda mais sebo para se proteger.
As Argilas brasileiras usadas por QUINTAL saem na frente neste quesito. Elas absorvem 80% de oleosidade em relação à quantidade de máscara aplicada na pele: para cada grama de argila, retira-se 0,8 grama de óleos da pele, ou seja, apenas o excesso. É esse equilíbrio que garante o resultado a longo prazo.
3 – Elas ajudam a limpar e a tratar. Sim, as duas coisas.
O movimento contrário se chama adsorção. Como já citei, a argila tem carga elétrica negativa. E, pela lei da física, ela atrai as impurezas com carga positiva (partículas de poluição, de maquiagem...) presentes na nossa pele, facilitando a retirada delas e deixando os poros limpos.
4 – A melhor argila para o uso cosmético não é aquela que vem dos rios.
Quando pensamos em argila é comum vir à mente aquela imagem de vales de rios. Mas não é dali que retiramos as melhores argilas. Há um motivo especial para isso: contaminação. Infelizmente, junto com o sedimento mineral, os rios carregam resíduos de agrotóxicos, esgoto, lixo, resíduos químicos industriais. As melhores argilas estão protegidas disso tudo, até 15 metros abaixo do solo. Nossa mina fica no interior do Paraná, uma região sem indústrias e de agricultura familiar — ou seja, sem risco de contaminação. Temos um cuidado especial também na extração: não deixamos nem os tratores da empresa circularem no terreno para evitar resíduos de óleos na terra.